tag:blogger.com,1999:blog-72683058049049681762024-03-13T11:37:19.739-07:00Hipertexto e Redes SociaisLuiz Fernando Gomeshttp://www.blogger.com/profile/00789741182630811376noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7268305804904968176.post-66574076412356243482012-11-09T09:40:00.002-08:002012-11-21T12:24:57.293-08:00<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: Comunidades e Aprendizagem em Rede</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
Bem-vindos à Oficina intitulada: <b>Trabalhando com hipertexto no cotidiano escolar</b>.<br />
<br />
Nossos encontros serão nos dias 14 e 15 de novembro de 2012, das 18 às 19:30h.<br />
<br />
Fiz os slides da oficina de acordo com cada dia e disponibilizo a todos vocês, os links para download.<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="https://dl.dropbox.com/u/100028408/Simposio%20Hipertexto%20_recife%20nov%202012-%20OFICINA-%20DIA%2014NOV.ppt">https://dl.dropbox.com/u/100028408/Simposio%20Hipertexto%20_recife%20nov%202012-%20OFICINA-%20DIA%2014NOV.ppt</a>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://dl.dropbox.com/u/100028408/Simposio%20Hipertexto%20_recife%20nov%202012-%20OFICINA-%20DIA%2015NOV.ppt">https://dl.dropbox.com/u/100028408/Simposio%20Hipertexto%20_recife%20nov%202012-%20OFICINA-%20DIA%2015NOV.ppt</a>
<br />
<br />
<br /></div>
Luiz Fernando Gomeshttp://www.blogger.com/profile/00789741182630811376noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7268305804904968176.post-69999225887354827692010-11-30T05:03:00.000-08:002017-04-26T05:21:13.061-07:00Programa e Conteúdo do Minicurso<strong>3º. Simpósio de Hipertexto e Tecnologia na Educação</strong><br />
<strong><span style="color: red;">Minicurso:</span> Nós somos os nós e a escola é a rede</strong><br />
<strong>Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes – Uniso – Sorocaba/SP</strong><br />
<br />
<span style="color: red;">PROGRAMA</span><br />
<br />
Dias: 2 e 3 de dezembro/2010<br />
Duração: 2 aulas de 1h20 min. (total: 2h40min)<br />
<br />
<span style="color: red;"><strong>Dia 1/12</strong></span><br />
Apresentação do professor e esclarecimento sobre a ementa e objetivos do minicurso. <br />
Apresentação do Blog do minicurso. (25min)<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Ementa:</span></strong> A ação das pessoas em rede pode mudar nossas concepções e nossas práticas <br />
sobre ensino-aprendizagem, se é que esse binômio ainda continua válido. As cidades são <br />
educadoras, as comunidades são educadoras, todos somos educadores.<br />
Tendo como ponto de partida as redes sociais, este minicurso abordará de forma crítica e <br />
prática as idéias de Ivan Illich sobre a sociedade sem escolas; o conectivismo, teoria de <br />
aprendizagem defendida por George Siemens; a aprendizagem informal e o homeschooling <br />
nas redes sociais; o papel das comunidades de aprendizagem e a educação comunitária.<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Objetivos:</span></strong> apresentar subsídios teóricos e propor atividades práticas que levem os <br />
participantes a refletir sobre as implicações das redes sociais no cotidiano escolar.<br />
Fazer breve introdução de alguns conceitos sobre as redes sociais de aprendizagem e suas <br />
características. Principais referências teóricas, características das redes sociais e a ideia da <br />
minkipídia (30 min.)<br />
<span style="color: red;"><strong>Atividade de produção</strong></span>: elabore uma "minkipídia" utilizando um blog (que já tenha) ou outro <br />
aberto para este fim. (30 min.)<br />
Atividade de produção: divulgue aos colegas do minicurso, pelas mídias sociais (Twitter ou <br />
outro de sua preferência) sua "minkipídia". (30 min.)<br />
<span style="color: red;"><strong> Dia 2/12 - 1º. ENCONTRO</strong></span><br />
<strong>Conteúdo:</strong> Definição de redes sociais; introdução à teoria do conectivismo e suas <br />
implicações; Ivan Illich e a sociedade sem escolas; <br />
<br />
<strong><span style="color: red;">O que são redes sociais.</span></strong>Definida em 1994, por Wasserman & Faust (apud VALENTIM, 2008), como um ou mais <br />
conjuntos finitos de atores (nós) e eventos e das relações e interações (laços) sociais <br />
estabelecidas entre eles. Seus significados têm evoluido nos últimos anos. <br />
Franco (2010 b:3), alerta para o fato de que o que constitui as redes são as ações; ele <br />
enfatiza que as redes são ambientes de interação, não de participação ou inscrição apenas. <br />
Recuero (2009), por sua vez, lembra que os atores sociais que utilizam as redes é que são <br />
as redes. As redes somos nós. <br />
Reforçando o papel dos atores, Recuero diferencia redes sociais de sites de redes sociais. <br />
Para ela, "embora os sites de redes sociais atuem como suporte para as interações que <br />
constituirão as redes sociais, eles não são, por si, redes sociais." Computadores não foram <br />
redes sociais. Os atores são a rede!<br />
<br />
Os sites sociais ou <span style="color: red;">softwares sociais</span> permitem a construção de um perfil, interação através <br />
de comentários e exposição pública da rede social de cada ator. O surgimento das redes <br />
sociais é consequência do uso dos softwares. Ex., Facebook, Orkut, etc.<br />
Já o Fotolog e o Flickr não são espaços para perfis, mas estes podem ser criados, a partir <br />
das fotos publicadas. São, segundo Recuero, <span style="color: red;">sites de redes sociais apropriados</span>. Os <br />
Blogs,porém, podem ser construídos como espaços pessoais e podem construir redes <br />
sociais através de comentários e links. São sites de apropriação.<br />
<br />
<span style="color: red;">Redes de Filiação</span>: há apenas um conjunto de atores; ela é o substrato dentro do qual a rede <br />
de laços sociais pode durgir. Ela é uma estrutura de grupo que não parte de laços sociais <br />
entre seus membros, mas que permite que as pessoas interajam e que eles sejam construídos. <br />
Surgem de relações não-sociais que podem ser socialmente interessantes. A relação que <br />
define esse tipo de rede é a relação de pertencimento, descolado de qualquer tipo de <br />
interação. (WATTS, 2003, apud RECUERO, 2009:97). É o caso da EaD e dos LMS.<br />
<br />
<span style="color: red;">Redes Associativas</span>: são as derivadas de conexões estáticas entre os atores, ou seja, de <br />
interações reativas (PRIMO, 2003ª, pud RECUERO, 2009:98). É o caso das listas de <br />
"amigos" no Orkut, da lista de pessoas que alguém segue no Twitter, etc.<br />
Uma pessoa pode relacionar-se diferentemente em cada ambiente: Orkut, GoogleTalk e <br />
Blog, em diferentes planos de sociabilidade, com foco em diferentes tipos de capital social. <br />
Saber como criar redes e ter uma rede de apoio torna-se um capital social de grande <br />
relevância.<br />
<br />
Nas sociedades em rede, por outro lado, o trabalho e a comunidade evoluíram de grupos <br />
hierárquicos, densamente interligados e confinados (as "pequenas caixas"), para redes <br />
sociais. As fronteiras são mais permeáveis, as interacções mais diversificadas, as ligações <br />
distribuem-se por diversas redes, as hierarquias são mais planas e de estrutura mais <br />
complexa.<br />
<br />
Em vez de se acomodar ao grupo daqueles que o rodeiam, o indivíduo constrói a sua própria <br />
rede pessoal. A maior parte das pessoas funciona em múltiplas comunidades parciais, à <br />
medida que lidam com redes amorfas e em constante reconfiguração de parentes, vizinhos, <br />
amigos, colegas e laços organizacionais. <br />
<br />
Caminhando nas discussões sobre as redes e a educação, Araújo (1998, apud SIEMENS, <br />
2008) trouxe a ideia de que aprendizagem e conhecimento residem em "redes heterogêneas <br />
de relacionamentos entre o mundo social e material" (ARAÚJO :317, apud SIEMENS, <br />
2008:6). E, para Siemens (op.cit.,loc.cit.), para que os indivíduos tenham acesso ao <br />
conhecimento de uma determinada sociedade ou cultura, as ligações devem ser formadas <br />
através do uso de artefatos de mediação, como a tecnologia, como preconizado pela teoria <br />
da atividade. <br />
<br />
As empresas de tecnologia não tardaram a perceber o potencial das redes sociais e logo <br />
começaram a lançar recursos e serviços, como por exemplo, o MySpace (2003), o Orkut <br />
(2004), o Flickr (2004) e o Facebook (2004). Hoje são mais de trinta ferramentas. De <br />
acordo com Siemens, a partir de 2005, as definições de redes de aprendizagem começaram <br />
a dar mais ênfase nas pessoas, reconhecendo, porém as duas dimensões: técnica e humana e <br />
considerando a tecnologia como tendo dupla função: armazenar e conectar informações e <br />
possibilitar a manutenção das redes sociais. (VEEN & VRAKKING,2006, apud <br />
SIEMENS, 2008).Elas são, portanto, também um meio pelo qual o conhecimento é <br />
distribuído.<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Na educação</span>, </strong>uma das primeiras referências sobre modelos de rede foi feita pelo educador <br />
austríaco, Ivan Illich em sua famosa obra "Sociedade sem Escolas", onde preconizava a rede <br />
mundial de computadores através da qual os alunos poderiam acessar acessar a informação <br />
de que necessitassem, sem que dependessem do professor. <br />
<a href="http://escoladeredes.ning.com/video/sociedade-sem-escolas">http://escoladeredes.ning.com/video/sociedade-sem-escolas</a><br />
<br />
Posteriormente, outros estudos vieram ampliando as noções de rede, como nos revela <br />
Siemens (2008). Entre os sociólogos vieram Wellman, que publicou em 1978 o livro Nação <br />
Rede, no qual discutia o papel da comunicação mediada como um agente transformador da <br />
sociedade. Em 2001, esse mesmo autor traria o conceito de "individualismo conectado" no <br />
sentido de que as pessoas usam suas redes para obter informações, colaboração, serviços, <br />
apoio, sociabilidade e sentido de pertencimento. Da sociologia vieram também Castells em <br />
1999 e Watts, em 2003, que contribuiram para popularizar as visões de redes de interação, <br />
comunicação e organização social através de obras clássicas, respectivamente, "A Socidade <br />
em rede" e "Seis Degraus: a ciência de uma era conectada". Na Física, talvez a contribuição <br />
inicial mais importante seja a de Albert-László Barabási, com seu livro "Conectado: a nova <br />
ciência das redes", de 2002. Para o autor,<strong> <span style="color: red;">as redes estão em toda parte, só nos resta </span></strong><br />
<strong><span style="color: red;">percebê-las. </span></strong><br />
<br />
O que as redes <strong><span style="color: red;">não </span></strong>são.Aqui é preciso entender que as redes não são expedientes <br />
instrumentais para pescar pessoas e levá-las a trilhar um determinado caminho ou seguir uma <br />
determinada orientação. As redes farão coisas que seus membros quiserem fazer; ou melhor, <br />
só farão coisas conjuntas os membros de uma rede que quiserem fazer aquelas coisas. Se <br />
alguém propõe fazer alguma coisa em uma rede de 100 participantes, talvez 40 aceitem a <br />
proposta; os outros 60 farão outras coisas ou não farão nada. Em rede é assim: não há <br />
centralismo. Não há votação. Não há um processo de verificação da formação da vontade <br />
coletiva que seja totalizante e que se imponha a todos, baseado no critério <br />
majoritário.(FRANCO,2010) <br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Redes Sociais e Educação</span></strong>: Além disso, dizer que as pessoas estão conectadas umas com as <br />
outras, significa muito mais do que fornecer a cada uma o nome, o e-mail, o endereço e o <br />
telefone das demais pessoas. É necessário que elas se conectem realmente. Também é <br />
necessário que todas as pessoas disponham de meios (tempo, afetividade, etc.) para fazer <br />
isso, quer dizer, meios para entrar em contato umas com as outras: se quiserem, quando <br />
quiserem e com quem quiserem.(FRANCO,2010). <br />
Em suma, quem quer articular e animar redes sociais <span style="color: red;"><strong>deve resistir</strong></span> às (quatro) tentações <br />
seguintes: <br />
<br />
fazer redes de instituições (em vez de redes de pessoas);<br />
ficar fazendo reuniões para discutir e decidir o que os outros devem fazer (em vez de, <br />
simplesmente, fazer);<br />
tratar os outros como "massa" a ser mobilizada (em vez de amigos pessoais a serem <br />
conquistados) e;<br />
querer monopolizar a liderança (em vez de estimular a emergência da multiliderança). <br />
(FRANCO,2010).<br />
<br />
E não é isso que a escola, ou que os professores sempre procuram fazer com seus alunos? <br />
Os tuores de EaD que o digam!<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">As redes não são para fazer alguma coisa, elas são simplesmente para ser. <br />
A rede não é um instrumento para fazer mudança, ela é a mundaça. <br />
As redes convertem competição em cooperação. (FRANCO, 2010)</span></strong><br />
Não se trata de uma era de máquinas inteligentes, mas de seres humanos que, através das <br />
redes, podem combinar a sua inteligência" (3), gerando uma inteligência em rede, um novo <br />
tipo de inteligência coletiva. Mas essa inteligência coletiva não nasce como resultado da <br />
aplicação de uma engenharia que combine de forma planejada as inteligências humanas <br />
individuais. Ela é uma "inteligência social", que nasce por emergência, uma espécie de swarm <br />
intelligence que começa a brotar espontaneamente quando muitos micromotivos diferentes <br />
são combinados de uma forma que não se pode prever de antemão. Aqui também não se <br />
pode pretender aplicar uma fórmula, um esquema, para produzir esse "supercomputador" <br />
que é a rede social. (FRANCO, 2010).<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Teoria de Aprendizagem</span></strong>. Com a metáfora das redes sendo cada vez mais utilizada na <br />
educação, não tardaram surgir novas propostas de teorização e sobre aprendizagem e <br />
construção de conhecimentos. Salomon (1993, apud SIEMENS, 2008) nos fala sobre a <br />
cognição e conhecimento distribuído. Para o autor a cognição que ocorre "em conjunto ou <br />
em parceria com outros" é devido a três razões: "(1) o uso de computador para auxiliar na <br />
atividade intelectual; (2) o interesse na teoria de Vygotsky sobre a cognição como produto <br />
de um determinado contexto ou ambiente social; e (3) insatisfação com os limites da <br />
cognição quando vistos apenas como "na cabeça", ou como explicam Cole & Engerström, <br />
(1993;15, apud SIEMENS, 2008) as interações diárias entre pessoas resultam na <br />
distribuição social da cognição. <br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Análises de redes</span></strong>. Atualmente, na que Siemens chama de quinta etapa das redes, os <br />
educadores estão começando a explorar a forma como modelos de rede podem ajudar não só a <br />
aprendizagem colaborativa em ambientes on-line e combinados, mas em redes de <br />
aprendizado móvel e universal (pervasive móbile learning) (Rennie & Mason, 2004, p. 109), <br />
determinação de estruturas de rede social a partir da análise de fóruns de discussão (Gruzd <br />
& Haythornthwaite, 2008) e conversas de comunidades on-line (Haythornthwaite & Gruzd, <br />
2007). <br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Conectivismo</span></strong>. Outra questão seria verificar em que medida o construtivismo ou outra teoria <br />
da aprendizagem daria conta dessas formas de se relacionar com o conhecimento e de <br />
construir conhecimento. Siemens defende o que ele chama de Conectivismo que, embora <br />
não seja uma teoria da aprendizagem acabada, ajuda a entender o conhecimento distribuído <br />
e o que parece ser seu ponto nevrálgico, a ideia da aprendizagem fora do ser humano, nas <br />
redes sociais. Um outro pesquisador, citado por Dave Cormier (2008) em seu artigo <span style="color: red;"><strong>Rhizomatic education</strong></span>: Community as curriculum, utiliza a noção de rizoma teorizada por Deleuze & Guattari em sua obra de 1980, Mille Plateaux.<br />
<br />
Por questões de espaço, essas questões não serão aprofundadas aqui mas o artigo de Cormier <br />
está disponível no link <a href="http://davecormier.com/edblog/2008/06/03/rhizomatic-education-community-as-curriculum/"> http://davecormier.com/edblog/2008/06/03/rhizomatic-education-community-as-curriculum/</a><br />
<br />
<strong><span style="color: red;">As avaliações de aprendizagem</span></strong> serão feitas diretamente pelos interessados em se associar ou <br />
em contratar (lato sensu) uma pessoa. Redes de especialistas de uma área ou setor <br />
continuarão avaliando os especialistas da sua área ou setor. Mas essa avaliação será cada <br />
vez horizontal. E, além disso, pessoas avaliarão outras pessoas a partir do exame das suas <br />
expressões de vida e conhecimento, pois que tudo isso estará disponível, será de domínio <br />
público e não ficará mais guardado por uma corporação que tem autorização para acessar e <br />
licença oficial para interpretar tais dados. (FRANCO, 2010 (a): 11 ) <span style="color: red;"><strong>Minkipídia. </strong></span><br />
<br />
<strong><span style="color: red;"> 2º. ENCONTRO – PAPEL DAS COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM</span></strong><br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Conteúdo</span></strong>: aprendizagem informal e homeschooling; desafios para a escola; análise de redes <br />
sociais por meio de softwares.<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Aprendizagem Informal</span></strong>. Educadores que procuram compreender como os alunos interagem <br />
uns com os outros por meio de fóruns on-line, e-mails ou redes de blogs, podem invocar os <br />
princípios de análise de rede desenvolvidos por sociólogos. Da mesma forma, educadores <br />
podem usar análise de dados ou ferramentas de visualização para avaliar a qualidade das <br />
interações dos aprendizes uns com os outros e com os conceitos-chave de um determinado <br />
curso. (SIEMENS, 2008: 7,8) Observem que não estamos falando em escola!<br />
Interessante notar que não por acaso tenhamos evoluído de computadores <br />
conectados (ideia predominante da chamada Web 1.0) para a noção de pessoas (atores) <br />
conectadas e mesmo para comunidades conectadas em rede. <br />
<br />
Sendo a aprendizagem e o conhecimento dinâmicos, vivos e evolutivos e não apenas <br />
conteúdos estáticos, um ambiente de partilha de conhecimento, no âmbito de uma ecologia, <br />
devia ter, de acordo com Siemens (17-10-2003), as seguintes <span style="color: red;">características</span>:<br />
<br />
Ser informal e não estruturado; não definir a aprendizagem; ser suficientemente flexível para <br />
permitir aos participantes criarem de acordo com as suas necessidades.<br />
Ser rico em ferramentas, providenciando muitas oportunidades de diálogo e de conexão <br />
entre os utilizadores.<br />
<br />
Possuir consistência e perdurar, já que muitas comunidades, projectos e ideias começam <br />
com grandes expectativas, notoriedade e promoção e, depois, desaparecem lentamente. <br />
Para criar uma ecologia de partilha de conhecimento, os participantes precisam de ver um <br />
ambiente que evolui de forma consistente.<br />
<br />
Transmitir confiança. Só o contacto social intenso, presencial ou online, permite desenvolver <br />
um sentimento de confiança e de conforto, e para tal é necessário que os ambientes sejam <br />
seguros.<br />
<br />
Ser simples; a necessidade de simplicidade deve ter atenção prioritária. Há excelentes ideias <br />
que falham devido à sua complexidade, sendo as abordagens simples e sociais as mais <br />
eficientes. Quer a selecção de ferramentas, quer a criação da estrutura da comunidade <br />
devem reflectir esta preocupação com a simplicidade.<br />
<br />
Ser descentralizado, apoiado, conectado, em vez de centralizado, gerido e isolado.<br />
<br />
Possuir um alto nível de tolerância relativamente à experimentação e o fracasso.<br />
Fonte: <a href="http://orfeu.org/weblearning20/4_2_conectivismo">http://orfeu.org/weblearning20/4_2_conectivismo</a><br />
<br />
Franco (2008) nos mostra três diagramas elaborados em 1964 por Paul Baran. <br />
FIG. 1 | Diagramas de Paul Baran (FRANCO, 2008)<br />
(os diagramas não estão disponíveis aqui) <br />
<br />
Observamos que os três modelos de rede acima bem que poderiam representar tipos de <br />
hipertextos (GOMES, 2010) mas representam, neste caso, conexões de pessoas em <br />
redes.A implicação mais direta e que precisa ser melhor discutida é que se o hipertexto, <br />
conforme vemos nos sites de redes sociais (Orkut, Facebook, MySpace, etc.) conecta além <br />
de lexias, pessoas e comunidades, e pode, portanto, tornar-se um elemento central na <br />
apenas no hipertexto (GOMES, 2010) mas também central na formação e manutenção de <br />
redes socias. <br />
<br />
De fato, como já falamos antes, Recuero (2009: 105) afirma que " redes sociais também <br />
podem ser construídas através de comentários e dos links." Nesse caso, talvez os estudos <br />
sobre o hipertexto possam ampliar seu escopo, averiguando como links de comentários, de <br />
"curtir" e os links que enviam determinado conteúdo para diversos sites de relacionamento <br />
promovem não apenas novas possibilidades de leitura hipertextual multimodal, mas a <br />
constituição e a manutenção de redes sociais. <br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Redes Sociais e Capital Social </span></strong><br />
<br />
O capital é um conjunto de recursos de um grupo/indivíduo: coletivo e individual. Baseia-se <br />
no conteúdo e é a vantagem última de fazer parte de um grupo.<br />
Tipos de Capital Social<br />
a) relacional - que compreenderia à soma das relações, laços e trocas que conectam os <br />
indivíduos de uma determinada rede; <br />
b) normativo – que compreenderia as normas de comportamento de um determinado grupo <br />
e os valores deste grupo;<br />
c) cognitivo - que compreenderia a soma do conhecimento e das informações colocadas em <br />
comum por um determinado grupo; <br />
d) confiança no ambiente social - que compreenderia a confiança no comportamento de <br />
indivíduos em um determinado ambiente; <br />
e) institucional - que incluiria as instituições formais e informais, que constituem-se na <br />
estruturação geral dos grupos, onde é possível conhecer as "regras" da interação social, e <br />
onde o nível de cooperação e coordenação é bastante alto.<br />
Tais aspectos do capital social seriam divididos entre os aspectos de grupo (que eles também <br />
chamam de segundo nível de capital social), ou seja, aqueles que apenas podem ser <br />
desfrutados pela coletividade, como o a confiança no ambiente social (d) e a presença das <br />
instituições (e), e os aspectos individuais, como as relações (a), as leis ou normas (b) e o <br />
conhecimento (c), que variam de acordo com os indivíduos (primeiro nível de capital social). <br />
A existência de capital social de primeiro nível é requisito para a constituição do capital de <br />
segundo nível (que representa uma sedimentação do primeiro) (Bertolini e Bravo,2004). <br />
Deste modo, um segundo nível de capital demonstra uma maior maturidade da rede social, <br />
além de maior densidade e existência no tempo de seus laços. O capital de segundo nível é <br />
importantíssimo, porque aumenta a qualidade e a produção do de primeiro nível, criando um <br />
círculo de produção constante de recursos pelo grupo.<br />
Fonte: <a href="http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_daCunha.PDF">http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_daCunha.PDF</a><br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Behaviorismo, cognitivismo e construtivismo</span></strong> são as três grandes teorias da aprendizagem <br />
mais frequentemente usadas na criação de ambientes instrucionais. Essas teorias, contudo, <br />
foram desenvolvidas em um tempo em que a aprendizagem não sofria o impacto da <br />
tecnologia. Através dos últimos vinte anos, a tecnologia reorganizou o modo como vivemos, <br />
como nos comunicamos e como aprendemos. As necessidades de aprendizagem e teorias <br />
que descrevem os princípios e processos de aprendizagem, devem refletir o ambiente social <br />
vigente. Vaill enfatiza que "a aprendizagem deve ser um modo de ser – um conjunto usual de <br />
atitudes e ações que pessoas e grupos empregam para tentar se manter a par dos eventos <br />
surpreendentes, novos, confusos, perturbadores que aparecem sempre..."(1996, p.42, apud <br />
SIEMES, 2004) <br />
<br />
<span style="color: red;"><strong>Redes Sociais e as Questões que traz para a Educação</strong></span><br />
Como as teorias da aprendizagem são impactadas quando o conhecimento não é mais <br />
adquirido de maneira linear? <br />
Que ajuste é necessário fazer nas teorias da aprendizagem quando a tecnologia realiza muitas <br />
das operações cognitivas anteriormente realizadas pelos aprendizes (armazenamento e <br />
recuperação de informação)?<br />
Como podemos nos manter atualizados em uma ecologia da informação que evolui <br />
rapidamente?<br />
Como as teorias da aprendizagem lidam com momentos em que o desempenho é necessário, <br />
na ausência de uma compreensão completa?<br />
Qual o impacto das redes e teorias da complexidade na aprendizagem? <br />
Qual é o impacto do caos como um processo complexo de reconhecimento de padrões na <br />
aprendizagem?<br />
Com o aumento do reconhecimento das interconexões em diferentes campos de <br />
conhecimento, como os sistemas e teorias da ecologia são percebidos à luz das tarefas de <br />
aprendizagem? <br />
"A experiência tem sido considerada, há muito tempo, o melhor professor para o <br />
conhecimento. Desde que não podemos experimentar tudo, as experiências de outras <br />
pessoas e, portanto, outras pessoas, tornam-se o substituto para o conhecimento. "Eu <br />
guardo meu conhecimento em meus amigos" é um axioma para juntar conhecimento juntando <br />
pessoas (não datado)."<br />
<br />
Auto-organização em um nível pessoal é um microprocesso dos construtos maiores de <br />
auto-organização do conhecimento criados nos ambientes corporativos ou institucionais. <br />
Para aprender, em nossa economia do conhecimento, é necessário ter a capacidade de <br />
formar conexões entre fontes de informação e daí criar padrões de informação úteis.<br />
<br />
<strong><span style="color: red;"> Conectivismo</span></strong> é a integração de princípios explorados pelo caos, rede, e teorias da <br />
complexidade e auto-organização. A aprendizagem é um processo que ocorre dentro de <br />
ambientes nebulosos onde os elementos centrais estão em mudança – não inteiramente sob o <br />
controle das pessoas. A aprendizagem (definida como conhecimento acionável) pode residir <br />
fora de nós mesmos (dentro de uma organização ou base de dados), é focada em conectar <br />
conjuntos de informações especializados, e as conexões que nos capacitam a aprender mais <br />
são mais importantes que nosso estado atual de conhecimento. (SIEMNES, 2004).<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Análise de Redes Sociais: </span></strong><br />
Softwares para análise de redes e geração de grafos:<br />
<a href="http://www.insna.org/software/index.html">http://www.insna.org/software/index.html</a><br />
<a href="http://www.analytictech.com/ucinet/ucinet.htm">http://www.analytictech.com/ucinet/ucinet.htm</a><br />
Link Excelente com resumo sobre as redes sociais: <br />
<a href="http://np2tec.uniriotec.br:9089/mediawiki/index.php/Redes_Sociais#Tipos_de_Redes_Sociai">http://np2tec.uniriotec.br:9089/mediawiki/index.php/Redes_Sociais#Tipos_de_Redes_Sociai</a><br />
s<br />
Atividadede produção: realizar diagrama das redes sociais a que pertencem e exemplificar as <br />
ações que nelas realizam. Sã de fato redes? <br />
Apontar também: a natureza, o nível e o propósito do engajamento. (se houver hierarquia <br />
não é rede!). <br />
Acessar o site Peabirus: <a href="http://www.peabirus.com.br/">http://www.peabirus.com.br/</a> e fazer uma análise crítica sobre ele, <br />
em função dos temas discutidos aqui.<br />
<br />
<span style="color: red;"><strong>RESUMÃO DO MINICURSO</strong></span> <strong>I</strong> <br />
Inicialmente eram os computadores.<br />
Vivíamos nos anos 1960, a contracultura, os hippies e o psicodelismo e a possibilidade de <br />
"abertura da mente" com o uso de alucinógenos.<br />
Depois vieram os computadores conectados ma internet. E a internet começou a ter várias <br />
redes de computadores dentro dela. A Web 1.0.<br />
Formaram-se intranets e ethernets. Redes exclusivas e redes abertas de computadores e de <br />
corporações.<br />
Nesse tempo, 20% dos produtores faziam 80% dos produtos.<br />
<br />
<strong>II</strong><br />
<strong><br />
</strong>Então, vieram os PCs sem conexão para digitar trabalhos e provas.<br />
Com a chegada da conexão discada (paga) começamos a sair do "autismo" e conhecer <br />
outros computadores.<br />
Os sites eram principalmente corporativos. As imagens eram um luxo, uma opção.<br />
Não havia interação e a interatividade era do tipo reativa. <br />
Os problemas com o hipertexto concentravam-se na leitura e atribuição de sentido, já que a <br />
escrita/produção de hipertextos era algo apenas para iniciados. Naquele tempo os links <br />
eram, muitas vezes, dúbios e pouco claros. Ainda não havia uma padronização <br />
(folksonomia).<br />
Do mesmo modo que a contracultura, a internet foi sendo cooptada pelas grandes empresas <br />
e foi se tornando domínio de poucos.<br />
Quando a quebra da Web 1.0,a corporativa, veio a Web 2.0 e, com ela, em 2003 <br />
(O´Reilly), vieram os Blogs. <br />
A Web 2.0 nasceu social e política. Participou de movimento contra guerra do Iraque, com o <br />
blog Move On e ajudou a arrecadar dinheiro para a campanha política de Howard Dean, <br />
com o blog Dean For America.<br />
A revista Times, em 2006, elegeu o anônimo você como o homem do ano pela coopera;'ao <br />
generalizada promovida através da web, com o Youtube sendo apresentando como melhor <br />
exemplo.<br />
<br />
<strong> III</strong><br />
<br />
Com a internet provida de softwares sociais (Blog, Orkut, etc.) as pessoas começaram a se <br />
conectar e a formar redes de relacionamentos sociais virtuais.<br />
Para Recuero (2009), as pessoas são as redes, elas as formam. Mas, para Franco, as redes <br />
não são participação, são interação, ação.<br />
Existem sites que não foram criados para a criação de redes sociais, dentre os quais <br />
encontramos as salas virtuais dos LMS usados em EaD.<br />
E existem aqueles que, por facilitarem a colocação de perfil e de links para comentários, são <br />
os softwares sociais de fato.<br />
Não basta estar inscrito, ser membro, como no caso do Facebook, por exemplo, onde uma <br />
porção de pessoas que não conhecemos querem fazer parte da nossa rede social, dos <br />
nossos contatos.<br />
São pessoas com quem nunca faremos contato!<br />
<br />
<strong>IV</strong><br />
<br />
Percebemos que temos inúmeros contatos mas fazemos pouca coisa juntos, de fato.<br />
Não mobilizamos e nem nos mobilizamos.<br />
As visões de Recuero e de Franco e Siemens se opõem em vários aspectos. Na de Recuero, <br />
para haver clareza que as redes sociais podem ser hierárquicas e centralizadas, na de <br />
Franco, elas são o inverso disso.<br />
Temos vários níveis de participação nas redes. Criamos laços.<br />
Laços fortes e fracos. <br />
Quando nos relacionamos com as pessoas em ambientes presenciais também, os laços <br />
tendem a ser mais fortes.<br />
Arrumamos um meio de valorizar os laços, criando a noção de Capital Social, na década de <br />
1980 (Bourdieu, 1983, p. ex.). Ele viria complementar o capital humano (habilidades <br />
individuais, conhecimentos e atitudes), o capital físico (ativos financeiros) e o capital advindo <br />
das relações sociais.<br />
E então a rede virou capitalista.<br />
<br />
As pessoas mantém e investem em suas redes de acordo com o capital que elas <br />
representam.<br />
O capital é um conjunto de recursos de um grupo/indivíduo: coletivo e individual. Baseia-se <br />
no conteúdo e é a vantagem última de fazer parte de um grupo.<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Tipos de Capital Social</span></strong>a) relacional - que compreenderia a soma das relações, laços e trocas que conectam os <br />
indivíduos de uma determinada rede; <br />
b) normativo – que compreenderia as normas de comportamento de um determinado grupo <br />
e os valores deste grupo;<br />
c) cognitivo - que compreenderia a soma do conhecimento e das informações colocadas em <br />
comum por um determinado grupo; <br />
d) confiança no ambiente social - que compreenderia a confiança no comportamento de <br />
indivíduos em um determinado ambiente; <br />
e) institucional - que incluiria as instituições formais e informais, que constituem-se na <br />
estruturação geral dos grupos, onde é possível conhecer as "regras" da interação social, e <br />
onde o nível de cooperação e coordenação é bastante alto.<br />
Tais aspectos do capital social seriam divididos entre os aspectos de grupo (que eles também <br />
chamam de segundo nível de capital social), ou seja, aqueles que apenas podem ser <br />
desfrutados pela coletividade,como o a confiança no ambiente social (d) e a presença das <br />
instituições (e), e os aspectos individuais, como as relações (a), as leis ou normas (b) e o <br />
conhecimento (c), que variam de acordo com os indivíduos do primeiro nível de capital <br />
social). A existência de capital social de primeiro nível é requisito para a constituição do <br />
capital de segundo nível (que representa uma sedimentação do primeiro) (Bertolini e <br />
Bravo,2004). Deste modo, um segundo nível de capital demonstra uma maior maturidade da <br />
rede social, além de maior densidade e existência no tempo de seus laços. O capital de <br />
segundo nível é importantíssimo, porque aumenta a qualidade e a produção do de primeiro <br />
nível, criando um círculo de produção constante de recursos pelo grupo.<br />
Fonte: <a href="http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_daCunha.PDF">http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_daCunha.PDF</a><br />
<br />
As comunidades e as redes sociais se formam independente do comando, em muitas sequer <br />
é necessário convite. Elas são anárquicas e selvagens.<br />
<br />
<strong><span style="color: red;"> </span><span style="color: black;">V</span></strong><br />
E então vem a escola. Ela traz sua estrutura hierárquica, de controle e domínio. Tenta <br />
encaixar o quadrado no circulo.<br />
Surge necessidade de novas teorias de aprendizagem. O Conectivismo é uma delas. <br />
Guardo meu conhecimento na cabeça dos meus amigos.<br />
Organizações que aprendem.<br />
O conhecimento produzido fora do homem, nas máquinas. <br />
Apreciação Integrada<br />
3º. Simpósio de Hipertexto e Tecnologia na Educação<br />
Minicurso: Nós somos os nós e a escola é a rede<br />
Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes – Uniso – Sorocaba/SP<br />
Nome: ......................................................................................................<br />
Instruções: comente o que mudou em você com o trabalho desenvolvido neste minicurso. <br />
Pense em sua experiência de forma abrangente, envolvendo seu conhecimento (informações <br />
que não possuía antes e agora possui); seu sentimento (atitudes melhoradas ou não) e sua <br />
atividade (o que antes não fazia e agora julga que pode vir a fazer). Use as palavras do <br />
momento e escreva durante 15 minutos.Luiz Fernando Gomeshttp://www.blogger.com/profile/00789741182630811376noreply@blogger.com0